Descobri um dia uma RosaExtremamente bela
Imensamente formosa
De cândida brancura
Parecendo porcelana
Que um estranho feitiço emana
E a minha atenção segura
Sou capaz de infinitamente a admirar
Sem o meu olhar sequer desviar…
Mas toda esta harmonia
Toda esta beleza
É subitamente alterada
Como da noite para o dia
E transformada num cenário de tristeza
Ensombrada por uma densa nebulosidade
Nuvens pelo fumo provocadas
Que desfocam a paisagem
E tornam tudo mais nítido
Clarificando a realidade:
A branca flor que me fascinara
Aquela imaculada Rosa
Era apenas uma miragem
Mostra-se agora espinhosa
A brancura pelo fumo escurecida
Toda a inocência perdida…
Mas mesmo assim
Sonho com ela
Desejo-a para mim
Quero colhe-la
Traze-la para o meu jardim
Apesar do fumo que a escurece
E de ser aquilo que não parece
Apesar de tudo o que tenha de defeito
Quero aconchegá-la no meu peito
E Estimá-la
Acarinhá-la
Amá-la
Mas não posso
E por isso sofro…
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