
Sentado, na companhia da minha solidão, essa minha única e eterna companheira, contemplo o luar. A noite está gelada, mas perante o frio glacial que assola a minha alma, as temperaturas exteriores não me incomodam minimamente.
Ao mesmo tempo que concentro o meu olhar na Lua, esse astro branco e brilhante que ilumina a noite, o meu pensamento foge para o inevitável... Eu sei que a vida é demasiado curta para que se perca tempo a pensar nela, mas o meu viver solitário acaba sempre por conduzir o meu pensamento para essa perda de tempo que é pensar na vida. E o "pensar na vida" acaba, quase invariavelmente, por se traduzir em pensar no insucesso da minha vida amorosa, ou melhor, na sua inexistência...
Continuo a olhar a Lua, e por um momento imagino-me lá. E penso em como tal coisa se compara à minha relação com a espécie feminina. De facto, é como se eu estivesse na Lua e as raparigas fossem o planeta Terra; estou sozinho, abandonado no meio do nada, longe do mundo feminino. Mundo esse que, de onde estou, apenas posso ver, admirar, contemplar a sua beleza, mas que não posso tocar, por muito que estique o braço na sua direcção. Não está ao meu alcance e, por muito que corra ou salte, o máximo que consigo é andar em círculos, sem nunca me aproximar desse mundo onde tanto anseio chegar... Não está ao meu alcance.

A conclusão é, mais uma vez, a mesma: o amor é, para esta minha alma solitária, um sonho proibido... uma utopia. E tento consciencializar-me de que o caminho mais fácil para atingir a felicidade consiste em limitar os desejos ou, no meu caso particular, em deixar de desejar o amor, apagar da minha cabeça o querer ser feliz ao lado de alguém, e aceitar a realidade tal como ela se me apresenta. E tentar ser feliz assim. Eu tento. Mas não consigo...
Continuo a olhar a Lua, e por um momento imagino-me lá. E penso em como tal coisa se compara à minha relação com a espécie feminina. De facto, é como se eu estivesse na Lua e as raparigas fossem o planeta Terra; estou sozinho, abandonado no meio do nada, longe do mundo feminino. Mundo esse que, de onde estou, apenas posso ver, admirar, contemplar a sua beleza, mas que não posso tocar, por muito que estique o braço na sua direcção. Não está ao meu alcance e, por muito que corra ou salte, o máximo que consigo é andar em círculos, sem nunca me aproximar desse mundo onde tanto anseio chegar... Não está ao meu alcance.

A conclusão é, mais uma vez, a mesma: o amor é, para esta minha alma solitária, um sonho proibido... uma utopia. E tento consciencializar-me de que o caminho mais fácil para atingir a felicidade consiste em limitar os desejos ou, no meu caso particular, em deixar de desejar o amor, apagar da minha cabeça o querer ser feliz ao lado de alguém, e aceitar a realidade tal como ela se me apresenta. E tentar ser feliz assim. Eu tento. Mas não consigo...
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